23 dezembro 2009

porque eu ainda estou tentando entender o motivo disso, resolvi salvar: [tá tem outros motivos[?] mas non preciso falar]

as anyone really been far even as decided to use even go want to do look more like? diz:
*i'm a stranger, but i still can make you smile. ~
or i think so.

and this time, hope your family don't go nutz and bring u down.
Vanee [pato pato pato ganso] diz:
*yes, u can make me smile ;D
that's what i like about you
has anyone really been far even as decided to use even go want to do look more like? diz:
*so, duck duck goose lady.
i shall now, depart and leave you by yourself.
but remember, that i do care about ya.~

and beware pidgeons.
they poo.


[e 10 reais pra quem me explicar o nick do ser o-õ]

07 dezembro 2009

Aconteceu num pub de um pequeno bairro de uma enorme cidade; naquele ambiente frenético, cheio de vida e dor trazido pelo blues cantando por mulheres e homens de histórias sofridas, ocorreu o encontro de duas almas que perderam uma parte de suas almas gêmeas.
O bar, com as suas cadeiras desconfortáveis estavam ocupadas por casais flertando; bêbados reclamando de uma briga com a esposa; uma moça morena com olhos melancólicos e uma mulher, com sua idade próxima aos sessenta anos. O barmen corria de um lado ao outro preenchendo copos semi-vazios. Destes apenas a mulher de sessenta anos era uma regular; o próprio barman era substituto, uma vez que o regular tinha acabo de ter sua primeira filha.
Com o olhar apurado a mulher observava cada um dos ocupantes das cadeiras, era desta observação, de longas horas de conversa com um escolhido e de sua história que ela se inspirava para cantar. Essa noite parecia comum, até notar o olhar melancólico da jovem morena. Com destreza pediu outro copo de whisky, e caminhou em direção a jovem moça, se acomodando numa banqueta desconfortável próxima. Utilizou-se de sua voz marcante para chamar a atenção de todo o bar, começará a cantar uma música escrita, um dia, pelo seu coração; cantava sobre um amor perdido, enquanto lágrimas caiam nos olhos da jovem.
Ao final da triste canção, estendeu um lenço à jovem – Lágrimas por alguém que se foi querida? A jovem moça deu-lhe um olhar assustado, que logo se transformou num gesto de afirmação, as lágrimas ainda caiam com força de seus olhos. Um sorriso de compreensão se estendeu sobre o rosto marcado pela idade. Um copo foi preenchido logo a frente de ambas, - Tome, por conta da casa. Um gole demorado encontrou o copo e as lágrimas fluíram sobre o vidro.
-Obrigada pela canção, como a senhora sabia?
-Senhora, esta no céu querida. E sei reconhecer a face de alguém que perdeu um amor. Faz quanto tempo querida? E o que fazes num lugar como este, onde tudo que se pode fazer é ou abrir espaço para melancolia ou cantá-la para fora?
Um olhar confuso passou pelo rosto da jovem moça. – Dois anos. E visito a melancolia neste dia em especial. A senhora, quer dizer você, perdeu alguém? – a voz tremula e tropeçante da jovem questionou.
Um sorriso saudoso estampou o rosto da mulher – Meu marido, há vinte anos. Uma súbita pausa deixou clara a ainda presente dor de saudade. – O que fez o seu hoje especial para visitar a melancolia?
- Você conseguiu se apaixonar, ou amar alguém depois de seu marido? Hoje, em especial, me vi não apaixonada, novamente, por um homem que merecia. Sinto como, e escuto que já é a hora de tentar deixar para trás, e recomeçar. Mas toda vez me vem esse sentimento, de como se eu estivesse traindo o falecido; então vêm as lágrimas e...
Ao quase termino de sua frase lágrimas calaram a jovem moça. A mulher lhe empurrou o copo, e deu-lhe um toque compreensível na cabeça. – Cada caso, minha menina, é um caso. A minha história me ensinou ser possível amar. A sua pode fazer o mesmo. Mas querida, tem algo que você deve entender, este sentimento de dor, que a tamanha saudade lhe causa, irá aos poucos diminuir, e não fará sentido o quando, apenas ocorrerá. O que acontece com o amor não que ele para e sim que você se acostuma com ele, e percebe menos. Um dia irá chegar, e você, apesar da saudade, irá perder essa sensação de traição; porque será nessa hora, que o seu coração vai ter se acostumado com a dor da saudade e com a dor da perda desse amor. Não há racionalidade, minha querida, é uma questão de costume. O amor em si nunca morre.
Enxugando as lágrimas a garota olhou no fundo dos olhos da mulher, e a melancolia de ambas se encontrou por alguns minutos de silencio e calamidade a sua volta. Ao fim do silencio, palavras de agradecimento foram lançadas ao ar, notas passaram pelo bar. A porta se abriu e ficou a repetir o movimento de abrir e fechar, até que se encontrou com o batente. A mulher enxugou suas lágrimas, bebeu um gole do copo, levantou-se e se pós a cantar a melancolia de sua breve conhecida e de seu coração,acostumado com aquele jeito de amar.
Depois de dois anos, a frase parece uma desculpa. Amar uma alma imortal parece absurdo. Sofrer é algo que devia ter ficado para trás. Essa é a concepção geral, é como as pessoas alheias a uma dor semelhante vêem.
Mas aquelas que meticolosamente se lembram do momento do anuncio do fim, tendem com o tempo se acostumar a dor de perder, e as vezes esquece-la, mas ela volta. O que trás ela a tona pode ser uma coisa insignificante, mas as lágrimas não tardam a cair.]
O que fazer quando se encontra num momento onde é irracional, e já é comprendido por quem sofre, mas a dor volta? Ou quando não se consegue recomeçar, porque ainda se está com coração longe?
Eis uma resposta que deveria vir facilmente, como se livrar ou atenuar essa dor, e recomeçar? Como explicar sem parecer um estupido por serem dois anos? Como?