25 junho 2008

o cadeado se abre novamente, dessa vez libertado a tremulante borboleta para fora do seu quadrado translucido.
Com um vislumbre do que fora passado, voa em direção ao jardim, onde letras alheias e ações que cabiam somente no passado, não cortam as suas asas...
com o sabor do polén de um lírio, diz adeus para um sorisso que a aprisionou e a encantou... em meio ao mar branco com polen amarelos e cheiro marcante, deixa pra trás o que nem ela, nem o humano que a assistia em seu quadrado, evitam esquecer...
e agora ela sabe, valeu a pena, afinal, voando para longe, ela ainda deixou o doce humano sorrindo e feliz...
finalmente, dizendo adeus para o ponto branco que o humano se tornara, ela sussura através de suas asas, o que diria a tal ser pela última vez... ai.shi.te.ru

08 junho 2008


de um modo sadomasoquista, a tola menina se envolve em situações passadas. sem arrependimentos presentes sobre o passado, encana com o futuro.

as dúvidas a envolvem num manto de incertezas e de ocasionais tristezas.

só se arrepende do que não fez, mas os atos que faltaram juntam-se como contas de um colar. Se acumulam e apertam levemente a garganta. conformismo de não falar e não machucar o alheio, viram mãos que potencializam o poder das contas. apertam tanto que a ela não consegue mais cantar.

sem o som de uma melodia, os males se acumulam, pouco a pouco, o coração se enche. E um belo dia, num momento de decisão decide se livrar de seus males.

Enfrenta aqueles que criaram cicatrizes e outro que tornaram a vida mais incerta.

Uma leveza temporária se acumula no corpo que se assemelha a uma londrina. A voz sai em meio a doce água que lhe cai sobre a cabeça.

Mas quando tudo parece estar certo... e as amarras das contas se afrouxam, o futuro chega com um soco, trazendo a dúvida das atitudes alheias frente as respostas da garota.

-como será o dia de amanha? frente a tantas possibilidades? - é o que se pergunta enquanto se encontra sentada na cama.

03 junho 2008


cadeado pendurado em uma corrente de bolinhas pratas foscas,encosta sobre o peito e o toque abre a chave de um querer escondido. passado e o presente se chocam em um toque de corpos, nada ali aconteceu, uma cerca invisivel separou...

atitudes inexistentes, num passado um tanto recente, a criaram. do mais forte diamante, impediou, mesmo que de leve a dúvida nos corações que batiam com a intensidade do desejo.

felicidade questionada. e outras mãos percorrem a corrente. e outra possui a chave.

a resistencia anda dificil de ser acreditada. mas a consciencia do lado que tomou decisões é mais forte. teme o passado, muito mais do que teme a vida. com a cicatriz semi aberta que uma chave perfurava, fugia nas palavras de boa companheira.

01 junho 2008

[texto feito pra luh~]

Água em volta do corpo meticulosamente esculturado, bolhas de ar a subir pela superfície. Pés fortemente amarrados a pedras de concreto. Penas brancas molhadas, incapazes de voar.

Se prende ao passado, como as plantas que possuem raízes. O olhar esboçando uma tristeza em meio ao sorisso. Tristeza que cresce e se torna insegurança...

E com o tempo o mar muda, assim como as dúvidas crescem. A mudança traz questões e resoluções, algumas pedras crescem, e outras bóiam para longe, mas aquelas mais pesadas continuam...

A influência daqueles que passam perto afeta o coração inocente. A coragem cresce em meio a insistência.

E eventualmente a mesma explode em ação. As correntes de metal se quebram, e boiando e nadando se alcança a superfície. As penas perdem as gotas instaladas... batem com grande velocidade... Em meio ao ar, renasce a garota anjo. E ao olhar para baixo percebe o quanto o passado e as suas correntes estão longe... Então perde o medo e alcança o sucesso.