15 abril 2008


Nada mudou, apenas a visão esta diferente.
as cores levemente vibrantes substituem o preto no branco usual.
o caminho pra casa é pelas mesmas ruas de antes, mas agora parece haver pétalas de rosa pelo chão.
de quem é esta obra doce?
a música soa em meus ouvidos como palavras de um enamorado.
enamorar o céu levemente cinza da poluição da minha cidade.
vento visível bate no rosto, da uma sensação infantil de liberdade.
parece que ando de bicicleta... a brisa forte me transporta; as cores brilham ainda mais...
o que é este lugar?
é aqui onde você está? escondido além das cinzas fumaças de nuvens, no céu levemente azul escuro? Na esquina do pôr do sol, virando a esquina de Venus?
é pra cá que me trouxe, esse vento de liberdade...
libertei-me das enferrujadas correntes do ontem.
posso sorrir...
libertei-me, mais uma doce e sonora vez.

10 abril 2008


Ultimamente tenho pensado,

Quem vai estar ficar do meu lado agora?

Faz tempo que as sombras dos teus pés sumiram,

Mas o caminho que eles fizeram está marcado com fogo.

Arde, são passos muito fundos.

Queima, parece que nunca vai cicatrizar.

Diga, quando você decidiu sumir, pensou que deixaria alguém assim?

Deixou a água salgada futura tocar os seus lábios?

ela toca a minha.


Pra sempre? o que é pra sempre?

é caminhar e sumir?

largar pra atrás pessoas frageis

e sorrir calidamente para outros?

é aparecer uma vez em nunca e diz que se importa?


vai que é apenas a minha memoria,

me assombrando com sons de passos

com toques de teclado

com notas similares de um violão.

jurei ter te visto uma vez...

mas suspeito que era só um reflexo de um desejo.

desejo besta, me guiei por ele....


faz tantas luas,

a dor virou costume,

as memorias levemente apagadas...

culpa do choque de ser a outra a escolhida...

culpa das palavras terem partido de mim.

peço que não faças isso com ela,

não creio que alguém mereça passar pelo meu passado.

meu passado,

se perder o vazio é enlouquecer

desejo ser louca

o vai e vem do vazio que enlouquece

louca, rouca de pouca roupa

voz cantada que não sai

ilusão com notas a mostra para todos.

distancia que você não vê...

a voz mostra

meus passos,

minhas duvidas

meu ser

03 abril 2008


Parece febre.

Esse estado que borbulha dentro dos meus órgãos.

Definição? impossível. O cérebro cansado já não formula mais palavras.

Esse sentido de exaustão e falta de palavras corroí a alma machucada. Estranhamente apenas as partes feriadas são afetadas. Chego a dar risada, seria o caminho de um Zodíaco cruzando com o meu novamente?

Ou é a exaustão que me afeta e cega?

Dúvidas, foi isto que o passado ensinou.

duvido, será que estas irão sumir com os sorrisos?