23 julho 2008

chapter five

A porta se abriu,o rapaz rapidamente se colocou na frente da jovem.
-Por que devo me deitar? não fora tu que desmaiou ?
-já fazem dias isso.... não preciso descansar, isso tende acontecer quando ações me lembram do passado. As palavras soavam enquanto as lágrimas secavam do rosto palido.
Pegou-a no colo, e apesar da luta dos braços fracos da jovem, ele andou até coloca-la na cama.
-passado ou não te afeta...não sei o que aconteceu, mas peço desculpas. Descanse, eu irei para a sala.
-Não! - com palavras quase silenciosas disse- fique aqui, por favor...
Deitou-se ao lado da jovem, ela debaixo dos lençois, ele sob eles. Adormeceu devido ao remedio, mas não profundamente para deixar de ouvir a historia.
-Quando estava no colegial, me apaixonei pelo dito nerd do colégio.... Um dia, apos confessar os meus sentimentos, ele pediu que o esperasse perto do centro da cidade, pouco antes do anoitecer. Cega de amor, ignorei o perigo e fui. Esperei que os olhos azuis acompanhados de oculos me disessem sim. Era ao lado de um beco. Alguem me agarrou pela cintura - lágrimas caiam dos olhos mutantes - foi naquele beco, sujo que.... os olhos cegos e mais alguns abusaram de mim. Foi pela imensa semelhança que eu desmaiei...
Olhos negros cairam num profundo sono ao mesmo tempo que o telefone tocava. A jovem se levantou e pedindo desculpas silenciosas, atendeu a ligação.
-Alô? Por favor o Joshua?
-Erm...ele esta dormindo... quem é?
-Ha sim, aqui é da faculdade de engenharia eletronica. Estamos só checando como ele estava. Fico feliz que alguem esteja com ele...das ultimas vezes ele sempre esteve sozinho. Qual o estado dele?
-A febre abaixou....mas como assim das ultimas vezes?
-A senhorita não sabe? Então como... esqueca....ele esta num estagio terminal... pelo menos não esta sozinho.... diga que a escola vai tomar os mesmos procedimentos de sempre, e que desejamos melhoras. Obrigada
Tum, tum, tum fazia o telefone. O cerebro da jovem corria e tentava assimilar as informações, o tum tum tum do telefone ecoava infinitamente na sua cabeça.

15 julho 2008

chapter four


Olhos verdes de abriram, se questionando aonde estava. Um quarto prata e roxo sentou-se na cama com lençóis vermelhos. O som de uma memória distante se iniciava. O ranger da porta interrompeu a lembrança. Um par de olhos pretos carregava uma bandeja. Agora se lembrava, estava na porta do club, sentiu uma força a puxar e desmaiou. Desvia ser ele o agressor.
-On...onde estou?
-A borboleta acorda.... Estas presa em uma jaula brilhante.
-Presa? Do que você esta falando? Com licença, estou saindo. Ao se levantar e passar reto pela badeja recém colocada sobre o colchão sentiu a força sedenta a empurrar de volta a maciez vermelha.
-Você não se lembra não é? Isso só torna tudo mais divertido. Quem sabe a xícara roxa a lembre de algo.
O jovem de cabelos pretos cai no chão, assustada ela corre e o socorre. Febre alta murmurava palavras sem sentido, coisas de outra língua. Apesar do medo que a figura e a situação a inspiravam, decidiu que não podia deixá-lo naquele estado, não se perdoaria se deixasse.
Os dias passaram e tudo que a garota via era um rosto com traços beirando a mudança final de criança para adulto, cabelo pretos com toque de seda. Durante a calmaria entre as alucinações a garota encarava a xícara roxa. Não se lembrava de nada.
Em uma manha de céu nublado o rapaz abriu os olhos, enxergou a garota ajoelhada, sangue escorrendo no chão. Levantou-se num pulo, correu em direção a ela, mãos cortadas, um caco roxo entre elas, e um resto de xícara no chão. Olhos intensamente verdes derramavam lágrimas que diluíam o sangue que fora pingado. Hábil, o rapaz fez um curativo com a sua camisa, agora, rasgada. Secou as lágrimas dela com um sorriso e mãos gentis.
Ela percebia, não era ele a mesma pessoa de dias atrás, era diferente inocente. Colocou de volta a cama com a desculpa de uma possível recaída. Foi para a cozinha, encostou-se nos balcões e passou as mãos cor de neve sobre a face úmida pelas lágrimas. O cérebro, sem dar respostas, raciocinava e tentava assimilar o porque das lágrimas.
chapter three


-Viu? prometemos que iríamos te dar o melhor aniversário não é?
-Quem é ela? Dizia o aniversariante, sem tirar os olhos do lugar onde a cor desapareceu.
-É a fairy. Ninguém sabe o nome dela, mas quando há um aniversariante, e se paga bem, ela lhe da um beijo com os grossos lábios.
-E se eu quiser mais?
Risadas exalaram das bocas amigas, enquanto o herói corria em direção a porta de trás do bar. Não entendia ao certo o por que tomava tal atitude. Mas as palavras lhe soavam a mente sem parar.
Algumas horas se passaram, e sentado em um corvette vermelho ele esperava. A porta se abriu.
-Pode vir Scarlet, não há mais ninguém aqui.
-Obrigada Joe, até mais.
-Scarlet? A jovem virou se com um sorriso. Não esteve tão linda quanto hoje, da onde veio aquela canção?
A sorridente moça, com os olhos levemente tristes e sorridentes, apontou para o peito.
-Desculpe o improviso. Eu sei que tinha lhe prometido a sua canção....
Interrompendo-a bruscamente, respondeu com um sorriso - Agora esta é a minha canção favorita. Aproveite o dia okay querida?
Os sons do tap tap dos saltos alto da bota branca da moça ecoavam pela rua. O seu barulho deixou de ser percebi graças a uma barca que passava perto. Sem ao menos perceber, ao lado do par de saltos, havia um corvette vermelho.
Acostumada a lidar com homens insistentes, Scarlet parou o tilintar de seus saltos bruscamente. Surpreso pela movimentação da jovem, Joshua, acabou por cantar os pneus de seu caro corvette no asfalto molhado.
-Olhe, o show acabou. Se quiser um beijo, espere o seu aniversário e traga o dinheiro. Dizia estas palavras em um tom alto e cuidadoso, alternado pelo tap tap incessante do salto que se direcionava a caminho do club. Já quase chegava ao seu destino seguro, quando um braço puxou a pela cintura. A corrente que fechava o colete da moça se arrebentou, tamanha a força da sede do rapaz, deitada no aslfato, daquela cena só sobrou a dourada corrente quebrada.

13 julho 2008

chapter two.


A lenda tão amada pelo inocente jovem morreu entre os milhares de anos que se passaram. A alma dele se manteve pura e renasceu, numa tarde chuvosa de primavera na cidade de Londres.
Aquelas palavras se mativeram na mente do, agora, jovem de cabelos pretos e olhos da mesma cor. Naquela distante vida, ele não entendia o significava, era alguem simples e o inglês não era ensinado para aqueles que não possuiam diploma clerico. Mas agora o misterio não era mais as palavras, mas sim a que elas o levariam.
Cresceu, e jamais esqueceu delas.
-Hey Joshua, feliz aniversário. Dizia as congratulações enquanto entregava ao jovem um dos vários convites que possuia.
-Tks Louis. Mas... o que seria 'The Sing of the Fairy'?
-Cara, você vai me agradecer. Te pego as onze.
O dia passou entre parabens e aulas tediosas. Joshua não sabia o que iria lhe esperar.
Por volta das onze horas, um corvette vermelho parou a frente da casa de dois andares. O então aniversariante desceu da pequena varanda e adentrou no carro usando do estilo James Dean.
Por fora o bar não se diferia dos tipos pubs britanicos, mas por dentro possuia uma aura misteriosa, completada pela perversidade das garotas, semi nuas, a dançar em cima do bar. Em meio a copos e saltos, Joshua captou o brilho da joia do bar. Um par de pernas longos, brancos, acompanhados por uma saia de babados pretos, um corpo escultural com um piercing no umbigo e um top branco. O rosto alvo, simples mas de beelza comparavel as obras dos grandes mestres pintores. Cabelos loiros, lisos da raiz até a a franja, ondulados apartir desse ponto. Tudo, coroado por um par de olhos castanhos e profundos. Dançava de modo a hipnotizar homens e mulheres. Em meio a distração criada pelos quadris da moça, esta, desaparece.
A música muda de tom, algo com jazz e música de strip. As demais dançarinas enloquecem a clientela. Até que a música para. Tudo torna-se negro. Apenas uma luz branca, execessivamente clara aparece ao lado esquedo da visão do jovem heroi.
O silencio se prolonga. Todos ficam cegos e atraidos àquela luz, assim como insetos. As dançarinas imoveis, agachadas no balcão.
Uma voz de tom mezzo se espalha pelo ar.
-The sound of the night. Sound true in my eyes. The silent tears. The sad face. The broken promise. Oh darling, you promised me, i'll always be by your side.
tais palavras acompanhadas de uma melodia de tons agudos de um violão eletrico. Um vulto negro aparece entre a reluzente luz. Asas de borboletas.
-But the true was... you would never be there. And i would die wainting in the silver room. Oh love were did you go? Ae you here to rescue me? The sound of the bodys hitting the ground. The end of a love.
Conforme a melodia, as asas batiam, e ao flutuar no ar, o corpo que era carregado pelas asas se mostrava a luz. Uma jovem loira, de olhos marrons, corpo perfeito escondido por trás do vestido roxo. Enquanto ela caminhava pelo palco, agora sem as suas asas roxas, se aproximava sem saber de um destino. Agachou-se junto ao que seria mais um trabalho. O rosto e os lábios colaram-se aos do jovem de cabelo preto. Sem ambos fecharem os olhos, ele pode ver, olhos marrons virarem verdes.
Com os passos se distanciando, os cabelos loiros se guiavam para as portas do backstage. Na visão de olhos pretos, tudo era preto e branco, menos aqueles olhos, e a dona deles.
chapter one.


Em um lugar, trazido a vida graças as risadas dos camponeses, o garoto, agora adulto, fora criado. Desde que se lembrava uma lenda doce e entristecida lhe era contada. Sua personalidade pura como um cristal, nunca havia sofrido lapidações de sofrimento. Foi assim, que o jovem de cabelos cinzas e olhos de mesmo tom, manteve-se acreditando em contos de fadas.
Na noite do seu décimo oitavo aniversário, saiu a busca de sua crença. Seguiu pela impiedosa montanha até as ruínas dos antigos castelos amaldiçoados pelo rei. Caminhou por entre o pomar de maças verdes e ervas daninhas. E encontrou após horas de buscas, a porta vermelha, impecavelmente conservada, quebrou com o poder de socos, o selo prateado que a selava. Empurrou as pesada toras de madeira, e se deparou com uma sala brilhante em prata e roxo.
Atraído pela beleza da luz que o lugar emitia, adentrou sem ao menos reparar na mesa de chá que se encontrava ocupada.
Com os olhos arregalados se encantava com os detalhes do ambiente e com a alma sensível, sentia um sorriso e um olhar alvo nas suas costas. Virou-se, se livrando do encantamento do prata.
-És puro, me surpreendo em ser incomodada novamente por alguém capaz de quebrar o encantamento. Tais palavras soavam como uma canção desafiadora.
Aproximou-se, mesmo que cego pela luz que irradiava o canto o qual a voz se originava. Apenas quando o cinza de seus olhos se acostumou com a luminosidade, foi capaz de reparar na beleza de cabelos vermelhos, pretos e loiros, que se encontrava sentada, com as pernas cruzadas reveladas por uma fenda, e possuidora de uma xícara roxa por entre os dedos longos.
-Se quebrei o feitiço, sou seu destinado.
Uma risada triste ecoou pela sala.
-Já tive meus destinados. Um deles não me teve por egoísmo e o outro me abandonou por medo. Ambos me viam como uma deusa, e não pelo o que sou. O que te tornaria diferente?
Ele manteve um silencio enquanto a sua cabeça buzinava milhares de respostas.
-Vês? Não és diferente, apenas desafiador. Por favor, vá viver fora desta sala, não será tu ou ninguém que quebrará a minha sina.
Enquanto com o olhar entristecido ela deixava o doce chá de rosas brancas descerem pela sua garganta, um tom puro soou da boca do jovem.
-Meu coração.
Engasgando com a combinação mais pura da natureza, água e rosas, ouvia as palavras que tentavam derrubar o muro que se formara em frente ao seu coração.
-Já que queres provar tanto que estou errada, escute essas palavras. My face will change, my body too. I won't be the same person, but my heart will not believe in love anymore. The only things that will make you find me will be my eyes. In the distance they look brown, getting closer they will turn green and you will see this color again only when i cry.
Os olhos cinza hipnotizados pela movimentação da boca da jovem de cabelo coloridos não perceberam a velocidade que a mesma quebrava a xícara, e utilizava o caco para lhe cortar o pescoço. Com um último vislumbre das asas tipo borboleta roxa que a melancólica assassina possuía fechou os olhos pela última vez.
Uma dor emanou no peito da jovem e apenas uma lágrima caia pelo seu olho direito de cor verde, no momento em o caco roxo acabava com a tortura daquela vida.

02 julho 2008


Normalmente um filme desses não é comentado, afinal é mais uma daquelas comédias romanticas.
Mas tinha algo diferente, talvez apenas os meus olhos o captem... Dentro da personagem um tanto patetica, se encontrou algo que jurava que não iria achar num filme com tanto rosa.
A garota loira sorridente, era na verdade eu. Okay que ela tem um obsessão maluca, mas convenhamos, eu também não sou la muito normal...
Sempre sorrindo, a dama de honra perfeita. A irmã que desistiu (parcialmente) do que sentia para a felicidade a caçula, a mimada e um tanto vadia que ela criou. A garota esforçada que fazia de tudo para que as outras noivas tivessem o dia perfeito. A loira sem vida.
Um desenho parecido com a vida que adquiri. Parecido até demais. Assumo que assisti a heroina se ferrar com lágrimas nos olhos, e a vi trinfuar em seu vestido branco com as mesma lágrimas.
Tolo, mas infelizmente (ou não?), a garota loira descrita e assistida, apenas me incentivou mais, a tentar mudar o meu lado teimoso que se prendeu nesse jeito sem vida. (Obviamente vai ter umas raras pessoas que vão ler isso, que devem tentar discordar [a juu vai ser a que mais vai tentar me convencer que eu estou errada~]). Mas infelizmente, não é tão simples quanto jogar 27 vestidos horrorosos fora. Alguns passos para uma mudança já foram feitos. Dizer o que sente é um deles. Casa é outro assunto e por ae vai...
Mas daqui a algum tempo, espero usar o meu 28 vestido. E o meu milesimo sorriso e poder dizer que o sentimento é muito mais do que eu esperava.